Ele está assim. (E eu a só!)

Ele está um pouco bravo, mas ele pegou na minha mão. E pegou forte. Ele está um pouco bravo mas também mantém com firmeza meu chão. Ele está um pouco sentido, mas me deixou deitar a cabeça em seu ombro, e não faz sentido pra mim. E se eu ameaço dizer não -já que me emburrei também- ele me puxa até não resistir e sim (porque ele sabe que é tudo pra mim).

Ele estava um pouco triste, mas me puxou pra perto. Ele estava um pouco chateado, mas não deixou de me apertar. Daquele aperto de abraço que alivia o aperto no peito. Ele não entendia o que eu dizia, então me deixou silenciar. Ele sabia que a gente ficaria bem, então resistiu a todo orgulho bobo. Algumas brigas vem para machucar, essas vinham para aumentar o amor pouco a pouco.

É... Bom... Ele está sentido. Por coisas que fiz sem pensar, que falei sem querer. Pelas pequenas coisas que a gente sempre erra. Erra por não compreender o valor que elas tem. E daí ele ficou assim. Um tanto emburrado. Mas ele não deixa nenhum resquício de seus próprios detalhes, pra que eu também possa me justificar.

Ah meu bem...

Calminha que em um instantinho passa. Que nossa dor tem um pouco de graça. É drama, é bobagem, é pirraça. Meu bem... Desculpa se sou um pouco mimada, se às vezes sou um pouco criança. Eu confundo toda aquela conversa de ser menina-mulher. Às vezes eu me sinto pequena demais, incapaz, de preencher todo o seu imenso coração. Eu ameaço chorar. Chorar e soluçar.

Por que eu sei que enxugar minhas lágrimas é uns dos detalhes que você não abre mão.

Eu queria tanto caber no teu coração!