Nós de Saudade

Sobre a vida, antes de nó, preciso falar de laço.

Laços a gente ata... Aquele olhar embaraçoso, aquele sorriso nervoso... As borboletas... Os laços de fita. Tomam suas formas, extravagantes, simples, coloridos... Mas como sempre, burro como somos, lançamos sobre os laços as dúvidas, os medos e... Tadinho do lacinho. Agora amassado, a gente o aperta quando lembra da importância.

E quando menos se espera: pum. Sufocou.

É nó.

É o que acontece com o laço que não se manteve no coração.

Mas é a vida. Laços e nós. 

Saudade tem cor azul clarinho. É foto sem foco, música lenta, chorinho. Saudade molha o travesseiro de vez em quando, arrasta o dia em pranto, é dor de liberdade. Liberdade? É estar livre da presença, do encanto, do canto... Menos da ausência.

Nós de saudade é aquele adeus que aperta no peito, aquela lágrima que seca sozinha sem ter quem a seque primeiro. O nó ocupa o vazio que fica, quando se pode pensar: "estou livre". Mas o continuo desgaste da fita se faz ali só pra lembrar...

E o tempo, só o tempo... É capaz de afrouxar.

-

Nota Minha:

(Mal) Escrevi o texto com a inspiração da Jhully Inácio, poeta, para um concurso que ela está promovendo na página Entre versos e palavras. Esse ano ela lança seu primeiro livro, intitulado Nós de Saudade. Sou fã de seus escritos, por isso decidi escrever (correndo, já que hoje é o ultimo dia), para o concurso: primeiro, porque estou ansiosíssima para poder ler o livro, e segundo, pra que ela leia algo meu *-* ♥

E ok que também estou envergonhada, já que dizem por aí que funciono mais como poeta do que como escritora, aquela velha desculpa de não conseguir produzir textos descentes com temas definidos e só produzir à liberdade de dia/horário/ideia pra escrever... :(