9 de fevereiro de 2016

Não, eu não leio livros o dia inteiro.


Desde que me entendo por gente gosto de escrever. Tudo começou muito cedo, com as redações na 4ª série e a infinidade de cadernos com meus pensamentos escritos que mais cedo ou mais tarde eram roubados. As pessoas falavam "você que escreveu?" e eu ficava me perguntando, "ora, por que não seria eu? Escrever é algo tão simples, divertido e fácil!". Gostaria de ter aprimorado isso ao longo dos anos, mas confesso que depois de tirar nota vermelha na prova de redação "no auge" da quinta série, enterrei o sonho de ser escritora por um tempo.

Só que nunca consegui deixar de escrever. Meus cadernos me acompanhavam, eu escrevia sobre meus sentimentos, poemas extensos, cartas de amor, lembranças boas... Era como uma necessidade. Dia 19 de Janeiro de 2011, surgiu o Adolecentro. Meu primeiro post foi um simples relato de uma situação que presenciei no ônibus. Na mesma época, há 5 anos atrás, eu estava na oitava série e minha professora de português passou a me notar, e perguntou se eu tinha o hábito de ler, pois quem lê bem escreve melhor. Mas, na verdade, até então eu só me lembrava de ter lido uns dois livros há anos atrás.

E enquanto muitos escrevem por se ler muito, passei a ler por escrever demais. Queria redigir melhor e, com esse pensamento, timidamente adentrava a biblioteca da escola. Comecei pelo livro mais fino, para resumir e entregar como trabalho trimestral. Mas era o livro certo. Uma trama policial de Fernando Sabino. Na mosca! Os Restos Mortais foi um livro envolvente e que resultou em um resumo de cinco folhas, onde muito empolgada contei tudo, inclusive o final da história (a professora que me perdoe!).

Foi aí que me encontrei, que me senti completa. Ganhei alguns reconhecimentos, fui muito incentivada e não parei mais nem de ler, tampouco escrever... Agora já sabia bem por onde começar. Eu queria trabalhar em uma livraria. Seria meu primeiro emprego... Além das horas dedicadas ao blog diariamente, eu costumava visitar a Biblioteca da cidade regularmente (quando criança tinha um estranho sonho de ser bibliotecária, o ambiente sempre me encantou...), e em umas dessas visitas decidi passar na livraria da cidade e deixar um currículo.

Em pouco tempo lá estava eu, trabalhando na Livraria. Lugar esse que eu não frequentava, confesso, pra mim era lugar de rico. Não tínhamos condições de ter o luxo de comprar livros, ainda mais na livraria. Minha pequena coleção começou com doações, muita edição econômica de bolso e livros usados ou em promoção. Mas por incrível que pareça, nunca li tantos livros quanto li naquele ano, em 2012 foram 40 títulos.

Uma das coisas que aprendi no meu curso técnico de Marketing, é que o vendedor não pode amar o produto, ele precisa amar o cliente. Fato que comprovei na marra. Se você não gosta de lidar com pessoas, de nada adianta estar em meio aos livros, será infeliz. Pois não, eu não leio o dia inteiro, eu só conheço, cuido, procuro, indico... E do outro lado há as pessoas: para elas eu sorrio, escuto, procuro compreender, ajudar... Não são apenas livros. É aí que reside a magia de uma livraria: pessoas e livros.


Já à respeito das compras... Devo admitir que é preciso muito auto controle! Imagine você passar por uma loja todos os dias... Chega uma hora que você passa a encontrar peças que não havia notado antes, e cada vez mais... E desejando cada vez mais produtos! Isso faz parte, e com os livros não é diferente. Quero os novos, quero os velhos, quero o que me indicam... Quero tudo! ♥


Minha ultima compra de Black Friday contou com 10 livros.


"Tá Suzana... Já entendemos o quanto grande parte do seu dia é em meio aos livros... Mas o que você costuma fazer no seu tempo livre?" Essa é fácil! Eu organizo minha estante... Compro livros, leio livros... Visito bibliotecas e livrarias diferentes... E por que não dizer que também escrevo meu próprio livro?

Desde que cheguei aos 18 anos muita coisa mudou, parece que o tempo tornou-se mais curto e tudo mais difícil. Por isso estou contando essa história, nem sempre acredito que trata-se sobre mim mesma. Poderia sair de um livro... Mas na real, é minha vida e o que passei para chegar até aqui, as conquistas que obtive apenas tendo fé nos meus sonhos. Lembrar disso me revigora e me dá força para continuar acreditando nos meus objetivos... Findo esse post com a crença de que em breve estaremos conversando sobre novas conquistas e novas alegrias! ♥


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Shalom!
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4 comentários:

  1. Que legal o texto, desde pequena eu amava escrever e ler. Se fora da livraria eu já leio muito, imagine se eu trabalhasse em uma.

    www.heytutty.com.br

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  2. Não há nada melhor do que viver mergulhado nos livros, sabe sempre bem uma boa leitura :D

    http://ummarderecordacoes.blogs.sapo.pt/

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  3. Boa tarde,
    Como vai?
    Muito legal mesmo este post.
    Eu também achava que livraria era lugar de rico. Até hoje torço o nariz para o preço de alguns livros.
    Se um dia lançasse um livro queria um preço acessível. quanto mais gente conhecer meu trabalho,melhor.

    Beijos e tenha um excelente final de semana
    www.rimasdopreto.com

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